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Recurso da Aldir Blanc garante que shows do Pílulas A ROTA ROCK se transformem em novos projetos

Atualizado: 18 de mai. de 2023

Shows on-line se transformam em novos projetos musicais. Daniel Kallazans, Dudu Guerreiro, Cristiano o Menestrel e Victor Lopes lançam singles acústicos gravados em transmissões no YouTube, Facebook e em outras redes sociais na recém-criada plataforma musical da Putzgrila!.



A Putzgrila!


A Putzgrila! tem se apresentado como um espaço independente para difundir as expressões artísticas autorais com a participação direta dos artistas alternativos junto com o Projeto Identidade, diferente do padrão de outras plataformas musicais, busca reunir um acervo próprio de artistas e bandas do cerrado.


Sempre tivemos preferência de trabalhar com artistas locais e uma necessidade grande de organizar que faz autoral e de apresentá-las ao mercado musical da forma que realmente são. A plataforma musical da Putzgrila! vem como uma potente ferramenta para divulgação e distribuição gratuita de todo essas expressões artísticas, conta o produtor Marcelo Mançano.



Com apenas uma semana no ar a plataforma da Putzgrila! conta com 135 músicas de 11 artistas/bandas e mais de 180 músicas de 47 artistas/bandas estão em preparação/organização para subir a plataforma.



Os Artistas


Daniel Kallazans com sua potente e melódica voz trouxe composições inéditas.

Antes mesmo de transmitir a live, alguns artistas já anunciaram que o material online renderia um projeto extra. Foi o caso de Daniel Kallazans que usou o projeto para trazer quatro de suas composições até então inéditas ao público. No caso do cantor, o projeto já estava nos planos de carreira antes da pandemia, mas acabou adiado.


Cristiano o Menestrel também emprestou sua voz peculiar este ano para o áudio book do projeto Firmamentum.

Assim como o cantor, Cristiano o Menestrel também executou um plano fora dos planos, se assim podemos dizer. Antes da pandemia, ele junto com a sua banda a Velhos Medos estava trabalhando no primeiro álbum da banda, mas as atividades do estúdio onde estavam gravando o material cessou devido a pandemia, mas o que deu para fazer foi lançar um single digital produzido com o material piloto nas plataformas musicais.


Victor Lopes venceu 4 vezes o Festival Nacional de Música – Fase Brasília promovido pelos Correios

Grande expoente da música ocidentalense Victor Lopes diz ter procurado fazer as coisas com muito carinho e dedicação, da melhor forma possível, dentro do projeto procurou sintetizar a sua identidade que mescla beats com momentos de harmonias sutis e baladas, sempre partindo da música brasileira.


Dudu Guerreiro na gravação da sua live show para o Pílulas A ROTA ROCK

Tudo bem simples, para Dudu Guerreiro, um dos ícones da nova MPB do entorno goiano do DF, aproveitou a oportunidade para trazer canções intimistas autorais com excelente construção poética até então conhecida apenas por seu público mais cativo.



O Projeto


Em um cenário incerto de quando as coisas voltarão a normalidade o projeto Pílulas A ROTA ROCK contemplado com recursos da Lei Aldir Blanc através do Governo de Goiás e sua Secretaria de Estado de Cultura de Goiás vem como um pequeno respiro para a área da cultura musical da nossa região e é claro de incentivo ao isolamento social nesse momento atípico, que envolve a saúde de todos. Como todos da região sabem esse projeto é uma derivação do Festival A ROTA ROCK que chega a colocar em um só lugar um público de 5 mil pessoas.



Produtor do projeto, Marcelo Mançano, garante que mesmo já tendo em mente que a transmissão online dos pockets shows como proposta principal do projeto, deveriam também ser aproveitados para geram outros conteúdos, uma forma de otimizar o pouco recurso obtido para o projeto através da Lei Aldir Blanc. Toda a produção seguiu à risca as normas estabelecidas para evitar contaminação de coronavírus. Tudo planejado para manter o distanciamento social seguro e evitar qualquer tipo de aglomeração.


Sobre os editais de fomento à cultura, ele critica a lógica de rivalidade que esse modelo na forma que é apresentada na maioria das vezes promove, defendendo que o processo seja revisado, tendo em vista que a crise atingiu parte significativa da classe artística, principalmente os pequenos.


"A maioria dos equipamentos que utilizamos foi emprestada a soma deles nos permitiu a execução do projeto" diz Marcelo, na mesa improvisada para a edição dos conteúdos.
“A gente se inscreve em todos os que dá, mas sem muitas perspectivas, pois, colocam em competição os artistas e produtores, tanto como os pequenos como nós, quanto com os grandes, a disputarem o mesmo recurso, ou na melhor das hipóteses a uma parcela pequena deles mas com alto número de concorrentes, somado a uma série de exigências difíceis de cumpri por aqueles que já estão em um estado de vulnerabilidade muito grande”, lamenta.

Ele também destaca que todos os artistas convidados, bem como toda a equipe técnica envolvida no projeto Pílulas A ROTA ROCK são da Cidade Ocidental e que todo o recurso recebido pela Aldir Blanc foi repassado como ajuda de custo pelo trabalho realizado a eles, até a tia do salgado e o cara que vende água levaram uma ponta.



Cenário


Ao tempo em que os espaços culturais precisam adotar o fechamento como medida de combate à covid-19 e eventos são adiados pelo mesmo motivo, artistas têm tido dificuldade de encontrar uma fonte de renda, a exemplo no caso da música, aqueles que vivem de tocar à noite em bares, casas de shows e eventos particulares. Por essa razão, estão recorrendo às redes sociais para passar o chapéu (como é conhecida no meio artístico a prática de recolher contribuições (couvert) voluntárias após uma apresentação).


Ao entrar em suas redes sociais é fácil encontrar postagens de amigos artistas ou que organizam eventos que, individual ou coletivamente, pedem doações ou realizam “lives” para arrecadar recursos, ou ainda aos que tiveram “sorte”, em novos empregos distantes da sua área vocacional para sobreviverem as dificuldades financeiras impostas pela fase de reclusão compulsória. Ora, como a maioria de nós brasileiros é quase impossível que algum possuía qualquer tipo de reserva financeira, e que também pudesse perdurar por um período tão extenso de tempo.


Se a batalha pelo direito a viver de arte já era ingrata, quem dirá agora. Como se todo o esforço feito fosse bobagem por parte dos produtores e artistas iniciantes, pequenos, periféricos, ou reconhecidos localmente que ainda não alcançaram o sucesso nacional até antes da pandemia, tiveram que testemunhar uma série de locais que oportunizava a realização de seus projetos fechar as portas ou sofrer severas restrições para funcionamento. Sem citar o pessoal da área técnica, estes praticamente foram “extintos”.


Ainda têm dentro do ambiente global e democrático da internet, que disputar espaço com artistas já consagrados e muito bem patrocinados, muitas vezes munidos apenas de um celular com tela trincada e o wi-fi emprestado do vizinho contra superproduções como do Wesley Safadão, Gusttavo Lima e Marília Mendonça que passam de cifras superiores a 1 milhão de reais em investimento.



A Lei Aldir Blanc


Primeiramente o Governo Federal criou o Auxílio Emergencial benefício financeiro destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados para fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus, mas faltava algo mais específico ao setor cultural.


Assim, para amparar os trabalhadores do setor, em junho de 2020, o projeto de Lei Aldir Blanc (PL nº 1075) foi sancionada, garantindo ao Fundo Nacional da Cultura cerca de R$ 3 bilhões, o maior investimento na história no setor, para ser repassado aos estados, Distrito Federal e municípios é destinado a manutenção de espaços culturais, pagamento de três parcelas de uma renda emergencial a trabalhadores do setor que tiveram suas atividades interrompidas, e a instrumentos como editais e chamadas públicas.

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