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Com Vocês.... Daniel Kallazans

Atualizado: 19 de out. de 2020

Cantor de rock, ele segue a vida na noite brasiliense e arrasta fãs em todas as cidades satélites e no Entorno de Brasília. Sua performance é única e potencia vocal inigualável. Em se tratando de Rock'n Roll Daniel Kall é autoridade no seguimento e faz interpretações sensacionais das mais amadas bandas de rock dos anos 70,80 e 90. Está produzindo seu disco e em breve mostrará seu trabalho como autor de canções românticas. Aguardem o lançamento que será divulgado em primeira mão pelo site Identidade.

Nome: Daniel Kallazans

Idade: 24

Profissão: Músico

Nasceu onde? Ceilândia - DF. Criado em Cidade Ocidental - GO desde nascido.

Mora onde? Cidade ocidental


Marcelo Mançano Aro

ID- Participa de quais bandas em Brasília?

Kallazans - Trabalho como freelancer em bandas tributo no DF como Speed of Light (tributo a Iron Maiden), Squeeze my Lemon & Black Blues (tributos a Led Zeppelin & Clássicos do Blues), Visão Global (Clássicos do Rock), Velhos Medos e outras.

ID- De onde veio o gosto pela música?

Kallazans - Como tradição de infância nos anos 90, tive acesso a fitas de bandas como Raul, Mamonas... No primeiro aparelho de CD-Rom da época, conheci Elvis, Joan Jett, Doors, Billy Idol, Bon Jovi e outros artistas de coletânea, mas sem fazer a menor idéia de que estava ouvindo Rock. Odiava ver caras de cabelos longos (rsrs).

ID- Mais alguém na família é músico?

KALL - Absolutamente, não! Enfrentei graves problemas por causa disso. Mas sobrevivi e ainda sobrevivo a eles (rsrs).

ID -Você acha que os músicos são valorizados pelo governo?

Kallazans - Sim e não! Existe uma grande verba direcionada à Música em nosso país? Sim! Muitos recebem? Sim! É gerida de forma satisfatória e justa na PRÁTICA? Jamais! Em outras possibilidades de valorização, não há o menor interesse em representar, organizar e sindicalizar os músicos de forma efetiva e os tais, em sua maioria, não buscam. O que não quer dizer que seriam bem e facilmente atendidos pela Administração caso buscassem, em sua totalidade.

ID - Você acha que os músicos são valorizados pela sociedade?

Kallazans - Pouquíssimo! Talvez, pela falta de uma sindicalização e representação real da classe e, certamente, porque a maior parte dos próprios músicos não se valoriza o quanto devia, nem vende imagem/produto apropriados. A Grande Mídia é quem valoriza os músicos, como sendo ARTISTAS, e a sociedade, manipulada, apenas consome aquilo que a tal mídia impuser.



ID - De onde veio à paixão pelo Rock?

Kallazans - Anos depois de perder o rápido e superficial interesse de infância, me deparei com um álbum do Iron Maiden, deixado pra trás por um falecido tio num acidente de carro e, neste momento, um flash místico, mágico e arrepiante de consciência headbanger me consumiu instantaneamente! Tomou conta de mim no primeiro rasgo de guitarra distorcida e definiu minha sina ao primeiro verso do vocalista Bruce Dickinson, minha maior influência musical assumida. Soa meio lisérgico, né? (rs)

ID - Como você acha que a sociedade vê os "rockeiros"?

KALL - É uma visão dividida, de acordo com a época e cultura regional. Os antigos vêem a tribo como bandidos ou influenciados pelo mal (estereótipo-cria da camada manipuladora do Sistema nos anos 60, afim de censurar a luta por liberdade pregada pelo estilo Rock, pois as pessoas temiam o Demônio nessa era e restringiriam a força protestante de seus jovens). Hoje, os desinformados nos reconhecem apenas como estranhos, rebeldes sem causa ou mentalmente alterados. Mas essa percepção se restringe ao Brasil onde não se tem o hábito da leitura e países mais radicais, pois não há, em todo o planeta, tribo nem cenário mais bem sucedido que o nosso. No Hemisfério Norte, Japão e Oceania, os adeptos são muito bem vistos e valorizados, por exemplo.

ID - Você acha que por não ser uma cultura típica brasileira, o rock sofre preconceito no Brasil?

Kallazans - Um pouco. Tal vertente musical é mais bem conceituada em países de língua inglesa e, embora seja oficialmente reconhecida aqui, por meio de grandes gênios como Sepultura e Angra, bem como o nosso Rock Nacional (experimento único, ao qual não há nada igual em todo o mundo), tem a fama de cultura marginalizada. Mas não é um preconceito ativo. Apenas reflexo do passado. Já estamos completamente misturados e convivendo em harmonia (rs). Os grandes espetáculos de bandas estrangeiras, sempre frequentes, mostram isso.

ID -Pra você, quem é o Pai do Rock?

KALL - Elvis! Sem sombra de dúvida! Teoricamente, ele não fez as primeiras canções de Rock, mas apresentou o estilo ao mundo e, só pelo quão único e incomparável era, já mereceria o título.

ID- Como você vê a cena do rock atualmente em Brasília e no Entorno?

Kallazans - Vejo algo que anda em círculos e sem expectativa de crescimento, mas com possível solução. O pior hábito é culpar demais e agir de menos. Temos que enxergar que cada sujeito da relação tem sua parcela de culpa, mas ela termina no governo. Em Brasília, predomina o público de festa e este possui interesse maior nas "sociais", complementadas por cartéis de bandas "cover". As pessoas não querem ver e ouvir trabalhos novos de autoria das bandas e estas não oferecem produto de qualidade suficiente para atrair espectadores. No entorno, ainda há um público de shows. Porém, em ambas as localizações, o dinheiro tem cada vez menos poder de compra, o transporte não atende às necessidades e a violência só aumenta. Tudo isso influencia diretamente a decadência da cena Rock. Quem vai gastar gasolina, passagem e dinheiro suado pra pagar e ver bandas "ruins"? Quanto maior o sacrifício financeiro, menos vão curtir os artistas. E qual casa vai abaixar seus preços e pagar melhor as bandas se os custos também aumentam? E qual banda vai investir em potencial de venda se não vê motivação e condição financeira nem remuneração suficiente? É um ciclo bem complicado com necessidade de mudanças a partir das ações governamentais.

ID - Festivais como o Rock’n Rio mostram que não falta rockeiro no Brasil. O que você acha que pode mudar pra que a cena cresça em Brasília e no Entorno?

Kallazans - Com melhor economia, mais valorização da moeda, mais poder de compra, mais transporte e segurança, menos impostos etc., o público fica mais solicito a ir ver um show, as casas podem investir melhor e pagar melhor os artistas, que podem estes produzir material de venda mais atrativo. Evolução e correção na mentalidade do público, bandas, fomentadores e mídia é necessária e precisa de tudo isso. Aí o círculo começa a virar espiral (rs).

ID - Quais os seus projetos para o futuro?

Kallazans - Em resumo, com a banda Aphroditte, anunciarei álbum + turnê, músicas nas coletâneas de exportação da MS Metal Agency e disco de tributo a Edu Falaschi. Logo terei notícias sobre possíveis bandas autorais, discos e tributos, bem como muito trabalho na noite. Vocês serão muito incomodados até ano que vem (rs).

ID -Pretende fazer shows na região? Quando?

Kallazans - Sim. Faço muitas boas apresentações desde a Rota Rock (dezembro de 2015) em Cidade Ocidental e as duas últimas serão a Noite do Vinil, dia 05/03 (na mesma cidade). Lá, faremos espetáculo intimista com o melhor "acoustic Rock" nacional/internacional!Também o Positive Rock em Luziânia com a Velhos Medos, onde assumi o baixo. Desde janeiro, fiz muitos shows em Brasília e agora retorno para Sampa onde tenho alguns compromissos mas, logo estarei de volta.

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